sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Carnaval judiciário

As páginas dos jornais e os ecrans de televisão encheram-se ontem com a triste história da Decisão Judiciária (e não Judicial) que se intrometeu no Carnaval de Torres Vedras... Realmente a história é triste e é ridícula! Não em si mesma, não por si, nem verdadeiramente pelos seus "actores". Ela é triste e ridícula, por algo que digo amiúde: a vida forense, de Juízes, Advogados, Ministério Público, não é uma continuação dos casos práticos que se resolvem nas Faculdades, no CEJ e no Estágio da OA. Não. É a vida das pessoas que é julgada, é a vida social que é afectada, é a estrutura do Estado e da Nação que são moldadas. Por isso as decisões judiciárias não podem ser tomadas no conforto dos Gabinetes. Juizes e Procuradores não são imóveis, como parecem ser. Nada na Lei obriga a que fiquem sentados nos seus Gabinetes, higienicamente afastados do Mundo e dos Casos que decidem. Bem ao invés. A lei permite-lhes delegar investigações, diligências, etc. Mas não os obriga a tal! Saiam dos Gabinetes Srs. Magistrados. Vão à Rua. Se há um elemento carnavalesco que supostamente viola a Lei e se encontra à vista de toda a gente, tire a beca, vista o casaco, ou vá de "shorts" (mais ou menos curtos), ver com os seus próprios olhos! É por isto que a Justiça é tantas vezes enganada! Porque o quer ser! Noutros casos, é porque a obrigam a fazer-se de enganada (mas isso é em casos mais "importantes"... ou de gentes mais importantes)... Uma coisa é certa! A Senhora Procuradora de Torres Vedras (pelo menos a do caso concreto), aprendeu uma lição que não mais esquecerá na vida! A de que nada melhor do que usar os próprios sentidos para constatar a realidade.

1 comentário:

  1. Meu caro, a dita senhora deve considerar-se demasiado importante para palmilhar + ou - 200 metros a pé e os serviços (provavelmente)não dispunham de viatura. Por estas e por outras é que o número de obesos está a aumentar...!

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