segunda-feira, 16 de março de 2009

Trafulhices

Vinte dias sem escrever nada neste blogue... será por falta de assunto? Não! Simples falta de energia... mas há coisas que por mais que se queira aguentar, não se aguenta. E a bolha rebenta! Um certo Advogado, ou Sociólogo, ou Perito, ou seja lá o que o Senhor é, foi pago com centenas de milhares de euros para fazer um estudo... que se limita a ser aquilo que um Jornal diário de hoje descreve ao pormenor! Um "rol" de diplomas legais que o encomendador do trabalho tinha criado ao longo dos anos. Esse rol, cuja utilidade só pode ser a de suprir a incompetência da máquina administrativa do Ministério que encomendou o trabalho, foi por nós pago... com mais de 250 mil euros! E pergunta-se: serviu para alguma coisa ao menos? Não! Apenas para ficar no chão de uma sala empoeirada, como descreve o jornalista! Questionado o Ministro da Pasta respectiva, recusa-se a dizer seja o que for! Claro que recusa. Sabe que no Tribunal popular já nenhuma trafulhice é escândalo! E nos Tribunais de Justiça, sabe que nenhuma trafulhice de algumas pessoas (partidariamente protegidas nesta oligarquia autocrática) será nunca sancionada. Triste sina a nossa, em que nem alertados, nem sabedores, nem lesados, conseguimos ter um assomo de cidadania para correr com estes politiqueiros de meia-tigela! Pronto! Libertei a bílis... pode ser que fique mais 20 dias com a pena no tinteiro.

3 comentários:

  1. Na realidade estais um pouco ictérico, meu querido PSM!

    Quanto ao desalento, que podemos dizer???
    Eu, que tenho saudades da inocência com que se olha para o mundo. E da paz que vem associada ao nada saber! Em que a imensidão das coisas era um mistério seguro. Em que o futuro ainda está cheio de promessas, mas daquelas boas! Das promessas que vêm de dentro, da capacidade de nos sonharmos, e não da boca de governanes - que acredito fazem o melhor que sabem!
    (ou às vezes escolho acreditar, para gozar um pouco da inocência, do nada saber)

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  2. Pois, pois, quem não sabe é como quem não vê. Ou melhor quem não quer ver...! Daí termos chegado a este pantano.
    E já agora, a quem cabe o exercicio responsável da cidadania?

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  3. Cara Ilda Matta,
    O exercicio da inocência não é imcompativel com o exercicio da cidadania.
    Penso inclusiver que nos permite entrar em contacto com aspectos humanos que tantas vezes se esquecem no meio de discuções politicas.
    Se me centrar no "Eu", e partindo do pressuposto que o meu "Eu" é integro, como o seu com toda a certeza, podemos encontrar com mais verdade o que queremos para nós e para os outros e construir uma sociedade de "Eus" integros.
    E diga-me lá se não era um exercicio interessante para alguns dos nossos politicos?
    Nem é preciso ir mais longe do que uma frase que qualquer criança inocente (e não como eu no exercicio da procura da inocência)conhece (mesmo que não a domine por completo) "Não faças ao outro..."

    Atenciosamente

    Mna Boop

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