quinta-feira, 3 de setembro de 2009

"Conchinchina"

Há cartazes espalhados pelo País a lembrar que a "Conchinchina precisa deles...". Deles, dos líderes dos partidos políticos! Sócrates, Leite, Louçã, Portas, Jerónimo. Os "cinco"... Infelizmente não me parece uma mensagem bonita! Não que não gostasse de me livrar "deles", tanto como alguns milhares largos de portugueses. Mas custa-me desejar mal à "Conchinchina"! Pobres "conchinchineses", já a braços - certamente - com todos os males que por séculos para lá mandamos, ainda terem de receber "esta gente" (citando Medina Carreira, in Entrevista ao Jornal da Noite, SIC - Notícias, 1/9/2009).
É que "esta gente" - e realmente não merecem qualquer outro tipo de epíteto -, não é má só por si, mas principalmente por toda "a corja" (citando Eça de Queiroz) de que se rodeiam e acompanham.
"Esta gente", no Portugal de hoje, é mesmo muita "gente"! Tanta que já não se pode fazer nada para inverter o caminho marcado... Quando um magistrado acha "normal" (e até legal, pressuponho), que os serviços que lhe são prestados, ou os bens que adquire, não sejam facturados para não pagar IVA, está tudo dito. Que moral pode ter um julgador, ou um investigador, ou um político, para censurar e perseguir os criminosos, quando ele próprio, para si, na sua vida, no seu dia-a-dia, pactua com a ilegalidade, vive com ilegalidade, e aproveita a ilegalidade em benefício próprio? Nenhuma!
O problema é mesmo de ética, que na política inexiste, mas que noutros sectores - bem mais importantes do ponto de vista social e moral - também desapareceu!
Bem dizia César Augusto: um povo que não se governa, nem se deixa governar!
Sempre assim fomos, é certo, mas quando o pudor desapareceu, é a indecência desbragada que nos atola, nos afoga, nos leva a querer fugir!
Quem possa que pense... e aproveite!

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