"Oh! Portugal, Portugal, porque te quero tanto?"... assim se iniciava uma canção espanhola da década de 40... Motivos existiam para isso! Em Espanha viviam-se todos os horrores que a história registou, e em Portugal resistia-se, e bem, a entrar numa Guerra devastadora! O que se poupou em vidas humanas, não ceifadas pela metralha bélica, foi apenas um "lucro" que pagámos bem caro, com a manutenção do atraso, do atavismo, do preconceito, das certezas absolutas, das verdades oficiais... e da mentira privada.
É o país das públicas virtudes. É o país em que a culpa morre solteira porque as uniões de facto são muito mais cómodas, e sempre existiram, mesmo sem enquadramento legal.
É o país que em 1910 discutia se seria admissível a existência de casamento civil, posto que um sacramento não podia ser "estatizado" pelo poder político. É o país em que os processos judiciais relativos ao Regicídio de D. Carlos e D. Luís Filipe, de Sidónio Pais, de Humberto Delgado e de Sá Carneiro ou desapareceram totalmente (fisicamente), ou nunca encontraram um fim (ou pelo menos um fim decente)...
Oh! Espanha, Espanha! Porque nos querias tanto? A nós, que nem amor próprio conseguimos ter!
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"É o país que em 1910 discutia se seria admissível a existência de casamento civil, posto que um sacramento não podia ser "estatizado" pelo poder político."
ResponderEliminarE não acha que devia ser assim mesmo?
Às questões legais decorrentes da vida em comum de duas pessoas (ou mais), não bastaria (ou não deveria bastar) a lei comum?
O que é que o Estado tem a de se meter na regulamentação dos "afectos" como soe dizer-se hoje em dia?
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Bem no caso do Sá Carneiro, o irmão do "empata-mor do reino" parece que conseguiu levar o caso ao Tribunal Europeu.
ResponderEliminarVeremos se do resultado dessa diligência, eu passo de Eurocéptico a “Eurocalmo” ou a Eurofóbico.
Eurocéptico, Eurocalmo e Eurofóbico! Achei fenomenal a trilogia! :) obrigado pelo comentário! Concordo plenamente
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