segunda-feira, 25 de maio de 2009

Finalmente percebi...

Finalmente percebi que aquilo que parece uma caótica desordem, não o é! Um conjunto anómalo de factos e situações totalmente absurdos que se vivem em Portugal nos últimos 20 anos, não são um mero acaso... nem surgem espontaneamente sem qualquer razões nem contacto entre si! Não! Ao fim de tanto tempo, tudo se encaixa... tudo se compreende! Basta afastarmo-nos um pouco e ver mais de cima. Não é por acaso que as relações entre a política, o futebol, a construção civil e os partidos são o que são. Não é por acaso que as nomeações para determinados cargos alcandoram a posições chave pessoas que são o que são. Não é por acaso que determinados processos judiciais terminam como terminam. Nem é por acaso que as notícias que são divulgadas por alguma comunicação social, têm o teor e tendência que têm. Não! Finalmente percebi que realmente há ainda quem "puxe os cordelinhos" mais acima. Ao invés do que escreve David A. Barrett, há na verdade um grupo de "seres da sombra" que manipulam, e vêm manipulando, há décadas a história do País. Que nos utilizam manietados por cordéis. Que fazem de nós fantoches. Ou acham que é por acaso que os partidos são o que são, as instituições administrativas e judiciais estão nas mãos que estão, as Ordens e Câmaras defendem o que defendem, e os Sindicatos actuam como actuam? Não! Nada é por acaso! Infelizmente a maioria continua a viver cega, surda e muda. Participando na farsa!

sexta-feira, 22 de maio de 2009

Tudo dito!

Escreveu Manuel António Pina no JN: «Notícias surpreendentes lá de fora: o primeiro-ministro belga, Yves Leterme, propôs hoje (19/12/08) a demissão de todo o Governo, na sequência de acusações de alegadas (alegadas, imagine-se!) pressões sobre a justiça. Leterme nega qualquer pressão sobre o poder judiciário e apenas admite ter feito "contactos"; Michael Martin, presidente da Câmara dos Comuns, anunciou hoje (19/05/09) a demissão, após acusações de alegadamente (alegadamente, pasme-se) ter consentido alegados (só alegados) abusos nas despesas de representação de alguns deputados; dois membros da Câmara dos Lordes foram hoje (20/05/09) suspensos (suspensos, a democracia inglesa está maluca!) por alegadamente (outra vez só alegadamente) terem aceitado dinheiro para votar projectos de lei.Nenhum deles foi, pasme-se de novo, condenado por sentença transitada em julgado, e mesmo assim, pasme-se ainda mais, tiraram consequências políticas de alegações fundamentadas que os visavam. Então e aquela coisa da "presunção de inocência"? As democracias belga e inglesa têm que comer muita papa Maizena para chegarem aos calcanhares da nossa...»
Penso que está... tudo dito!

quarta-feira, 20 de maio de 2009

Moralidade política

O Mundo acordou ontem com a decisão de um eminente político britânico de se demitir, por força da descoberta pública de irregularidades/ilegalidades pelo mesmo praticadas. O Mundo acordou com tal notícia e, por certo, concordou com a assunção pública de responsabilidades por parte do mesmo. Por maiores que tenham sido as irregularidades/ilegalidades praticadas, mostrou o dito cidadão-político britânico ter consciência ética. E mais, seguir-se-ão os correspondentes processos judiciais e administrativos tendentes a apuramento de responsabilidades e eventual restauração da legalidade.
Como se passaria tal episódio cá em casa? Em parte seria igual: existiria um escândalo mediático, surgiriam comentários vários em todos os meios de comunicação social, apareceriam reacções políticas imediatas. Mas aí terminariam as semelhanças. Nenhuma concreta consequência ocorreria. Nem processos judiciais, nem processos administrativos, nem, muito menos, qualquer demissão: os políticos lusos têm demasiada distância em relação aos padrões vigentes no estrangeiro (eventual excepção à República de Itália, nisto muito semelhante a Portugal). E se algum processo houvesse, as conclusões dos inquéritos são facilmente adivinháveis: arquivamento... fosse por falta de prova, fosse por demonstração de falta de intenção, ou mesmo, por descoberta de uma qualquer causa excludente da ilicitude ou da culpa do agente...
São diferentes graus de moralidade que geram diferentes graus de civilidade. Por isso somos o que somos... Nada mais!